Alunos da 7ª série, turma B em aula prática de laboratório na Escola Estadual Santo Tomaz de Aquino 2003 (Foto Karen Ribeiro de Castro Figueiredo).
Abordaremos o laboratório de Ciências como uma ambiente de interação entre
o conhecimento prático e o teórico, e observaremos que mesmo esse ambiente
sofre a ação de uma metodologia de ensino tradicional e behaviorista. O
ambiente onde os alunos trabalham é um dos elementos na transmissão, aos
estudantes, das idéias da escola sobre o currículo e sobre o processo ensino-aprendizagem.
Salas de aula ou laboratórios com carteiras e mesas fixas voltadas para a mesa do professor, sempre em lugar de destaque, representam
a valorização de um ensino essencialmente baseado na transmissão de informações
no sentido professor-alunos (KRASILCHIK, 1996, p. 163).
Não esqueça nunca que a ciência é uma espécie de exploração e de divertimento
(EINSTEIN, s.d. apud SOUZA e SPINELLI, 1997, p. 15).
“O laboratório é um local de trabalho onde se desenvolvem atividades que merecem
toda a atenção. Sendo assim, algumas regras devem ser observadas a fim de
evitar acidentes ao mesmo tempo em que se garante a conservação do material ali
existente” (FOSSALI, 1983, p. 34).
Devemos estar sempre atentos aos nossos alunos
e se possível propor que alguns da própria turma se tornem monitores para auxiliar
na fiscalização dos experimentos e procedimentos laboratoriais. A técnica da
experimentação também apresenta etapas, que são normas de ação: (a)
Planejamento – é a etapa durante a qual o grupo planeja os diferentes passos e
providências para o desenvolvimento do trabalho. Deve ser flexível, podendo e
devendo ser alterado sempre que se fizer necessário. (b) Execução – durante a
realização do experimento, todos devem participar, de maneira ordenada e
consciente, desempenhando os papéis distribuídos. É necessário lembrar que não é possível generalizar cientificamente
a partir de apenas uma situação experimental. São necessárias várias experimentações,
planejadas em diversas situações (c) Avaliação – a turma fará a avaliação de
todo o processo-planejamento, execução, desempenho de papéis, problemas
encontrados, aprendizagem (FONSECA, s.d., p. 57).
Quem realiza as experiências no laboratório, são
os alunos e são eles que determinam seu ritmo e suas condições. Naturalmente o
aluno é auxiliado por seus colegas e principalmente pelo seu professor.
Certamente haverá instruções preliminares e, em alguns casos, deverá acontecer
alguma discussão sobre a teoria que envolve o experimento. Mas em última instância,
quem ditará os rumos do trabalho e imporá, a cada instante, que ele não seja desviado de seu objetivo maior será sem dúvida, o aluno (SOUZA
e SPINELLI, 1997, p. 19).
As metodologias e as modalidade didáticas, aplicáveis a relação teoria-prática
serão abordadas mais adiante.
Referências bibliográficas disponíveis em:
LACERDA, G. A. Relação Ensinar-Aprender-Fazer Ciências no Ensino Fundamental. Trabalho de Conclusão de Curso ou Monografia (Graduação em Biologia - Licenciatura). Divinópolis: Fundação Educacinal de Divinópolis/Universidade do Estado de Minas Gerais, 2003. 89 p. Disponível em: www.guibiologia.com Acesso em 14 Jun 2012
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