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sábado, 25 de agosto de 2012

Prática 08 - Identificação do amido na batata

Objetivo
Identificar o amido como um exemplo de forma de armazenamento de glicose pela planta

Introdução
O grão de amido, produto da polimerização glicose, possuem formas típicas, dependendo da espécie de planta em questão, as quais permitem sua identificação. Os grãos de amido mais importantes são obtidos de órgãos subterrâneos como raízes e túberos (caules tuberosos). São considerados oficiais no Brasil os amidos de milho, arroz, trigo, mandioca e batata por constarem da Farmacopeia Brasileira.

Material
01 Batata média
01 Bisturi, estilete ou lâmina de barbear (gilete)
05 mL de água de torneira
01 Gota de Lugol (corante)
01 Lâmina
01 Lamínula
01 Microscópio óptico

Procedimento
1) Fazer um corte transversal (o mais fino possível) na batata já cortada;
2) Raspar a substância aquosa;
3) Transferir uma gota da substância para a lâmina;
4) Adicionar uma gota de lugol (pode ser bastante diluído em água - quase transparente);
5) Aguardar 01 minuto;
6) Observar e desenhar e/ou fotografar.

Desenho ou foto



Figura 1 – Micrografia mostrando os grãos de amido da Batata, desconsiderar as eventuais bolhas de ar (artefatos) (Foto: Simone Santos Alves, FUNORTE, 2012).



Figura 2 – Micrografia mostrando os grãos de amido da Batata (Foto: Alláeb Somay A. Rocha, FUNORTE, 2012).


Discussão
a) Qual a função do amido para a planta?
Padrão de Resposta (PR) – O amido é a principal subtância de reserva das plantas.

b) Todo grão de amido tem o mesmo formato do amido da batata?
PR – Não, os formatos são variáveis de acordo com a espécie.

c) Como a glicose torna-se amido?
PR – O amido é um produto da polimerização de vários resíduos de glicose.

domingo, 19 de agosto de 2012

Prática 01 - O microscópio de luz

Objetivo
Conhecer um dos equipamentos básicos para o estudo da vida, o microscópio, destacando suas partes ópticas e mecânicas.

Introdução
O microscópio é muito importante para a pesquisa científica, isto porque a maioria dos seres vivos são microscópicos, e a menor unidade dos seres pluricelulares macroscópicos só podem ser observados com o auxílio desse equipamento.

Material
01 Microscópio óptico didático
01 Lâmina de microscopia
01 Lamínula de microscopia
01 Fio de cabelo
01 Conta-gotas
01 Gota de água de torneira
01 Máquina fotográfica digital ou celular com câmera
 
Procedimento
Conhecer as partes do microscópio com a utilização respectiva do instrumento de principal trabalho dos profissionais de ciências biológicas.

Partes do Microscópio:
1. Ocular – lente sobre a qual se coloca o olho.
Observação: Podem ser monoculares (apenas uma), bi ou trinoculares, sendo que os trinoculares são adaptados para acoplar câmeras fotográficas e/ou de vídeo.

2. Objetivas – conjunto de lentes fixas ao 3. revólver, que ficam próximas do objeto.

4. Parafusos – macrométrico e micrométrico: a sua finalidade é baixar e elevar o 5. canhão, permitindo uma focalização perfeita.

6. Braço - esta parte sustenta todas as lentes e serve para o transporte.

7. Mesa ou Platina – serve para colocar o material a ser observado. Nela existe uma abertura cenral que dá passagem de raios de luz refletidos pelo espelho.

8. Espelho ou fonte luminosa – serve para refletir ou emitir a luz para a lente objetiva.

9. Base ou pé – serve para apóia-lo na bancada.

10. Lâmina e lamínula – são acessórios indispensáveis ao funcionamento do microscópio, onde se coloca o material a ser examinado (espécime ou amostra).



Figura 01 - Foto ilustrativa de uma Lâmina para microscopia e lamínula de vidro. Uma típica lâmina 26 x 76 mm é mostrada com uma lamínula  (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A2mina_(microscopia))

Cuidados:
1 – Transportar com ambas as mãos, apoiando uma delas a base do microscópio, segurando o braço do aparelho com a outra.
2 – Quando colocá-lo sobre a mesa, mantê-lo a alguma distância da borda. A mesa do laboratório deve estar livre de tudo que não seja absolutamente necessário.
3 – Evitar molhar o microscópio e caso seja molhado, enxuga-lo com lenço de papel.
4 – Limpar as partes ópticas do microscópio com lenços de papel, pois elas são sensíveis e devem ser bem cuidadas. Usar uma flanela macia para as partes mecânicas.
5 – Quando acabar de usar o microscópio, encaixar a objetiva de menor aumento e guarda-lo na caixa protetora.

SUGESTÃO: Na aula prática utilizar como espécime um fio de cabelo, selando a lamínula na lâmina com uma gota de água de torneira (utilizar conta-gotas).

Figura 02 - Micrografia de fio de cabelo, aumento médio  (Fonte: Relatório de aula prática de Joyce Cipriana Pacheco Ramos, Kristh Jacyara Pereira Dias e Raul Herberth Freitas Rocha - Biologia celular, UNIMONTES Campus Janaúba, 2012).

Discussão
1) Quais as partes Ópticas do Microscópio?
Padrão de Resposta (PR)* - Partes ópticas: ocular, objetiva e espelho; Partes Mecânicas: parafusos, revólver, braço, mesa ou platina e base ou pé.
*Utilizamos neste PR referência dos modelos de microscópio didáticos mais simples.



Figura 03 - Foto ilustrativa das partes mecânicas isoladas de um microscópio óptico (Fonte:  http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=6&min=370&orderby=titleD&show=10)

2) Quantas vezes a ocular do seu microscópio aumenta?
Padrão de Resposta (PR)* - 10 x (vezes)
*Utilizamos neste PR referência dos modelos de microscópio didáticos mais simples, algumas oculares possuem lentes com 15 x.


Figura 04 - Foto ilustrativa das objetivas isoladas de um microscópio óptico (Fonte:  http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=6&min=370&orderby=titleD&show=10)


3) Quais são as medidas e cores das objetivas?
Padrão de Resposta (PR)* - 4x (vermelha), 10 x (amarela), 40 x (azul) e 100 x (branca)
*Utilizamos neste PR referência dos modelos de microscópio didáticos mais simples, as cores e os aumentos podem variar de acordo com o fabricante.

Figura 05 - Foto ilustrativa das objetivas isoladas de um microscópio óptico (Fonte:  http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=6&min=370&orderby=titleD&show=10)


4) Para sabermos o aumento total de um objeto observando, que devemos fazer?
Padrão de Resposta (PR) - Multiplicar o valor da ocular (10 x) pelo valor da objetiva (4, 10, 40, 100 x).

5) Escreva no caderno respeitando a numeração as partes do microscópio:


Figura 06 - Foto ilustrativa das partes ópticas e mecânicas de um microscópio óptico (Fonte: http://manaus.olx.com.br/microscopio-iid-34725360)

PR - Descrição de acordo com a numeração da figura:
1 = ocular
2 = objetivas e revólver
3 = platina
4 = charriot
5 = macrométrico
6 = micrométrico
7 = diafragma no condensador
8 = condensador
9 = botão do condensador
10 = dois parafusos centralizadores do condensador
11 = fonte de luz
12 = controle de iluminação
13 = diafragma de campo (alavanca no lado esquerdo do microscópio)
14 = dois parafusos de ajuste da lâmpada (esquerdo e direito)
15 = focalizadora da lâmpada (alavanca no lado direito do microscópio

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Prática 05 - Células da mucosa bucal


Objetivo
Reconhecer uma célula animal em suas estruturas e características.

Introdução
As células animais são basicamente compostas por membrana plasmática, citoplasma e núcleo, com exceção das hemácias que são anucleadas, não possuem núcleo. Devido a esse fato as hemácias vivem cerca de 120 dias, sendo substituídas por outras que são fabricadas na medula óssea.

Material
01 Microscópio óptico didático
01 Lâmina
01 Lamínula
01 Palito de fósforo
01 Gota de azul de metileno 0,02% (corante)
01 Conta-gotas
01 Máquina fotográfica digital (opicional)
03 lápis de colorir (tons de azul)

Procedimento
1)     Com o palito, retire um pouco da mucosa da face interna da bochecha.
2)     Role o palito sobre a lâmina, num só sentido, para depositar o material coletado acrescente uma gota de corante.
3)     Cubra o material cuidadosamente com a lamínula.
4)     Coloque a lâmina com o material sobre a platina (ou mesa) do microscópio e observe com os aumentos: pequeno, médio e grande.
5)     Desenhe ou fotografe o que observou com o aumento grande e insira abaixo:


Desenho ou foto

Fotomicrografia de células da mucosa bucal captada com o auxílio de máquina fotográfica digital posicionada na ocular de um microscópio didático utilizando óleo de imersão (entre a objetiva e a lamínula). Aumento estimado em 1000 vezes. (Foto Mirely Aparecida Leal, UNIFENAS, 2010). 

Discussão
a) Que nome recebe o envoltório da célula?
Padrão de Resposta (PR) - Membrana plasmática ou membrana celular.

b) O que representa a estrutura escura dentro da célula?
PR - O núcleo celular. 

c) Que nome recebe as células que possuem esta estrutura mencionada em B de forma nítida e delimitada?
PR - Eucariota ou eucarionte, pois possui a carioteca (envoltório ou invólucro nuclear que envolve e delimita o núcleo). 

Sumário Volume 3 - Conheça seu corpo

DE QUE SOMOS FEITOS?

Prática 01        O Microscópio ......................................        08
Prática 02        Repetindo Robert Hooke .......................      11
Prática 03        As macrocélulas ...................................         14
Prática 04        Célula da cebola ....................................       16
Prática 05        Células da mucosa bucal ......................        19
Prática 06        A célula é a estrutura básica da vida ....        21

A NUTRIÇÃO

Prática 07        Descobrindo o que consumimos............        25
Prática 08        Identificando o amido da batata ...........       27
Prática 09        O amido em nossos alimentos ..............        29

A DIGESTÃO

Prática 10        Facilitando a ação das enzimas ............        33
Prática 11        Secreção da bile pelo fígado ..................      35

A RESPIRAÇÃO     

Prática 12        Simulando a respiração ........................         38       
Prática 13        Eliminando o gás carbônico (CO2) .......       41       

O SANGUE

Prática 14        As células sanguíneas pelo esfregaço ...        44
A CIRCULAÇÃO

Prática 15        O estetoscópio .......................................       48
Prática 16        No ritmo do coração . ...........................        51
Prática 17        Coração de Mamífero ..........................        54

A EXCREÇÃO

Prática 18        Eliminando o excesso de sais ................       59

O ESQUELETO

Prática 19        Mexendo o esqueleto .............................     

O MÚSCULO

Prática 20        Contração Neuromuscular ...................        

OS NERVOS 

Prática 21        Ato reflexo ............................................      

OS SENTIDOS

Prática 22        Percepção dos gostos ............................      
Prática 23        Sentindo na pele ...................................       
Prática 24        Anatomia do olho .................................       
Prática 25        Os cheiros .............................................       
Prática 26        A voz é o resultado de vibrações ...........     

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
            Relação de consultas bibliográficas ......       

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O ensino de Ciências Naturais

A bibliografia deste capítulo demonstra-se bastante explorada em sua riqueza, pois discutiremos com o auxílio de uma pesquisa bibliográfica as concepções mais atuais sobre o ensino, especificamente o de Ciências, numa representação profissional, como graduando e nas representações de vários autores e pesquisadores desta temática.

Orientamos nosso ‘olhar’ para a prática do laboratório (lugar onde ficam os cientistas), relacionando com a prática da sala de aula (das disciplinas científicas). O paralelo entre ‘fazer ciência’ e ‘ensinar ciência’ precisa ser validado, pois são fatos socialmente construídos por aqueles que o fazem (VIANNA e CARVALHO, 2003. p. 2).

Ao trabalharmos como professores de qualquer disciplina, seja na rede particular, seja no sistema público de ensino, nos encontramos com a reflexão do corpo docente da escola em relação aos seus debates em torno do ensino e de suas reformas: Têm sido debatidas as atuais reformas por que passam os sistemas educacionais, denunciando-se os interesses políticos que as orientam, a presença de organismos internacionais nesses processos, enfim, tem sido colocado em foco como essas transformações correspondem às necessidades de reordenação do sistema educacional, aos interesses econômicos e políticos das grandes empresas transnacionais e das organizações e dos organismos políticos que as representam...

Diferentemente dessas análises, que situam as "nossas reformas" como sendo aquelas orientadas para a mudança social e formação do cidadão crítico, e as "reformas deles” , como aquelas orientadas por princípios econômicos e pelas leis do mercado, destinadas à formação do trabalhador, os trabalhos de Popkewitz (1997, 2000, 2001 apud SANTOS, 2002) buscam romper com esse modelo (SANTOS, 2002).

As Ciências Naturais sejam elas químicas, físicas e biológicas, como é o caso do ensino fundamental, é disciplina integrante do quadro curricular... podendo e devendo cooperar na transformação da sociedade ao tratar os seus conhecimentos específicos (CUNHA e CICIILINI, 1995. p. 202).


Referências bibliográficas disponíveis em:

LACERDA, G. A. Relação Ensinar-Aprender-Fazer Ciências no Ensino Fundamental. Trabalho de Conclusão de Curso ou Monografia (Graduação em Biologia - Licenciatura). Divinópolis: Fundação Educacinal de Divinópolis/Universidade do Estado de Minas Gerais, 2003. 89 p. Disponível em: www.guibiologia.com Acesso em 14 Jun 2012 

sábado, 21 de julho de 2012

O Trabalho no Laboratório de Ciências

Alunos da 7ª série, turma B em aula prática de laboratório na Escola Estadual Santo Tomaz de Aquino 2003  (Foto Karen Ribeiro de Castro Figueiredo).

Abordaremos o laboratório de Ciências como uma ambiente de interação entre o conhecimento prático e o teórico, e observaremos que mesmo esse ambiente sofre a ação de uma metodologia de ensino tradicional e behaviorista. O ambiente onde os alunos trabalham é um dos elementos na transmissão, aos estudantes, das idéias da escola sobre o currículo e sobre o processo ensino-aprendizagem. Salas de aula ou laboratórios com carteiras e mesas fixas voltadas para a mesa do professor, sempre em lugar de destaque, representam a valorização de um ensino essencialmente baseado na transmissão de informações no sentido professor-alunos (KRASILCHIK, 1996, p. 163).

Não esqueça nunca que a ciência é uma espécie de exploração e de divertimento (EINSTEIN, s.d. apud SOUZA e SPINELLI, 1997, p. 15).

“O laboratório é um local de trabalho onde se desenvolvem atividades que merecem toda a atenção. Sendo assim, algumas regras devem ser observadas a fim de evitar acidentes ao mesmo tempo em que se garante a conservação do material ali existente” (FOSSALI, 1983, p. 34). 

Devemos estar sempre atentos aos nossos alunos e se possível propor que alguns da própria turma se tornem monitores para auxiliar na fiscalização dos experimentos e procedimentos laboratoriais. A técnica da experimentação também apresenta etapas, que são normas de ação: (a) Planejamento – é a etapa durante a qual o grupo planeja os diferentes passos e providências para o desenvolvimento do trabalho. Deve ser flexível, podendo e devendo ser alterado sempre que se fizer necessário. (b) Execução – durante a realização do experimento, todos devem participar, de maneira ordenada e consciente, desempenhando os papéis distribuídos. É necessário lembrar que não é possível generalizar cientificamente a partir de apenas uma situação experimental. São necessárias várias experimentações, planejadas em diversas situações (c) Avaliação – a turma fará a avaliação de todo o processo-planejamento, execução, desempenho de papéis, problemas encontrados, aprendizagem (FONSECA, s.d., p. 57). 

Quem realiza as experiências no laboratório, são os alunos e são eles que determinam seu ritmo e suas condições. Naturalmente o aluno é auxiliado por seus colegas e principalmente pelo seu professor. Certamente haverá instruções preliminares e, em alguns casos, deverá acontecer alguma discussão sobre a teoria que envolve o experimento. Mas em última instância, quem ditará os rumos do trabalho e imporá, a cada instante, que ele não seja desviado de seu objetivo maior será sem dúvida, o aluno (SOUZA e SPINELLI, 1997, p. 19).

As metodologias e as modalidade didáticas, aplicáveis a relação teoria-prática serão abordadas mais adiante.


Referências bibliográficas disponíveis em:

LACERDA, G. A. Relação Ensinar-Aprender-Fazer Ciências no Ensino Fundamental. Trabalho de Conclusão de Curso ou Monografia (Graduação em Biologia - Licenciatura). Divinópolis: Fundação Educacinal de Divinópolis/Universidade do Estado de Minas Gerais, 2003. 89 p. Disponível em: www.guibiologia.com Acesso em 14 Jun 2012 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Prática 11 - Mofo mágico


Objetivo
Observar o efeito do crescimento fúngico proveniente das condições de apodrecimento dos alimentos.

Introdução
Formado por fungos e leveduras, o bolor é o nome vulgar dado somente à textura esbranquiçada, esverdeada ou mesmo enegrecida que se desenvolve na superfície dos alimentos, quando são armazenados de maneira inadequada, ficam expostos ao ambiente ou mesmo sob refrigeração. Essa substância até poderia ser considerada inócua, mas, como em casa, nos restaurantes ou em outros locais de venda ou conservação de alimentos não temos como saber quais as espécies de organismos que se desenvolvem nos alimentos, não se pode considerar esse bolor inofensivo. Além disso, quando um fungo se expõe na superfície do alimento, é porque sua colônia já está bem desenvolvida no interior do mesmo, e é lá que são produzidas as substâncias nocivas, chamadas de micotoxinas – que variam de acordo com a espécie do fungo. Torrar o pão mata o fungo, mas, na maioria das vezes, não inativa a toxina produzida por ele, pois esta é resistente ao calor. O consumidor deve confiar nas mensagens de repulsa de sua visão e de seu olfato: deve recusar alimentos que não atendem aos requisitos de nossos sentidos e de sanidade, evitando ser acometido por doenças assim veiculadas pelos alimentos.

Material
01 pão francês
05 mL de água de torneira
01 pires

Procedimento
1)      Abra o pão com o miolo para cima e coloque sobre o pires;


2)      Deixe o miolo úmido com a água;
3)      Coloque o pão molhado num local úmido e escuro (o ideal é debaixo da geladeira ou do fogão numa cozinha);
4)      Durante 7 dias anote as mudanças diárias no aspecto e coloração do pão umedecido.

ADAPTAÇÃO: Se tiver uma estufa, colocar em temperatura ambiente.

AMBIENTE: Será necessária um local razoavelmente escuro, quente e úmido para propiciar o crescimento do fungo.



Discussão
a) O pão mofado pode ser consumido na alimentação humana?
Padrão de Resposta (PR) - Não temos como saber quais as espécies de organismos que se desenvolvem nos alimentos, logo não se pode considerar esse bolor inofensivo.

b) O que são micotoxinas?
PR - São substâncias nocivas produzidas por microrganismos fúngicos. Conferem aos fungos uma vantagem competitiva sobre outros fungos e sobre bactérias presentes no ambiente. 

c) Quais as colorações observadas no crescimento microbiano no pão?
PR -  Micélios de textura esbranquiçada, amarelo-esverdeada, enegrecida e vários tons de cinza.


d) Por que o crescimento do mofo acontece, em alguns casos, apenas na crosta ou no miolo do pão?
PR - No experimento em questão observamos o crescimento do fungo apenas na crosta do pão, pois esta ficou em contato com o pires (face inferior), pois o local apresentava-se com intensa ventilação e luminosidade não favorecendo o crescimento do mofo no miolo (face superior da amostra).

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Prática 19 - Briófitas

Objetivo
Observar e reconhecer as estruturas morfológicas de uma briófita típica.

Introdução
As briófitas são plantas que apresentam características de transição do ambiente aquático para o terrestre. Não possuem raízes e a absorção da água ocorre diretamente através da superfície do corpo do gametófito em contato com o substrato, fixo por meio de estruturas denominadas de rizóides. São vegetais onde começa a diferenciação de tecidos como a epiderme para proteção. Como qualquer outro vegetal, são capazes de realizar fotossíntese, sendo autótrofos fotossintetizantes. Como as algas, possuem o corpo na forma de talo, sem raízes, caule e folhas diferenciadas.


Materiais
01 microscópio de luz didático ou lupa
01 lâmina de microscopia
01 lamínula
03 a 05 exemplares de musgos (podem ser iguais ou obtidas em diferentes substratos - pedras, troncos, etc.)
01 estilete
10 mL de água de torneira
01 borrifador tipo spray

Procedimento
1) Borrife água de torneira e retire um pouco dos musgos colocando-os sobre uma lâmina de microscopia.
2) Pegue uma gota d’água e fixe o material com a lamínula.
3) Observe em aumento médio do microscópio ou lupa e faça o desenho de:
I – Briófita completa
II – Rizóide
III - Caulóide
IV – Filóide
V – Esporófito e cápsula

ADAPTAÇÃO: O microscópio pode ser substituído por lupa não sendo necessário o uso de lâminas ou lamínulas. Os exemplares de briófitas podem ser substituídos por fotos e/ou altas botânicos (disponíveis em livros didáticos). Os musgos podem também ser adquiridos facilmente em floriculturas devido a sua utilização ornamental.

Figura 01 - Briófita classificada como Musgo onde o gametófito cresce verticalmente. Possui um eixo ereto principal - caulóide de onde partem os filóides. Este exemplar utiliza o tronco de uma árvore como substrato (Foto Acervo Pessoal, Sítio Garnizé, Leandro Ferreira, MG).


Figura 02 - Esquema das principais estruturas de uma briófita típica (Adaptado de LOPES 2002).

Discussão
a) Quais as características marcantes das briófitas?
Padrão de Resposta (PR) - São plantas avasculares (ausência de vasos condutores); os líquidos são conduzidos por difusão célula a célula o que limita o tamanho desses vegetais. O transporte de água de célula a célula é muito lento e as células mais distantes morreriam desidratadas. São plantas comuns em locais úmidos e que não recebem luz direta do sol. São sensíveis à poluição e a ausência delas indica má qualidade do ar.

b) Quais os tipos de reprodução das briófitas?
PR -  Podem ocorrer de forma sexuada (gametofítica - pela fecundação de gametas) ou assexuada (esporofítica - por esporos).

sábado, 14 de julho de 2012

Prática 12 - Estragando o mingau

Objetivo
Perceber a necessidade de guardar bem os alimentos para que eles não se contaminem.

Introdução
A simples produção de alimentos não é tudo. Se não houver meios adequados para conservá-los e distribuí-los, o problema mundial não irá tão somente persistir, mas será severamente agravado. A conservação de alimentos, mantendo da melhor maneira possível suas condições naturais, tem sido uma preocupação constante dos pesquisadores.  Devido à importância da comida para nossa sobrevivência, sua conservação é uma das tecnologias mais antigas usadas pelos seres humanos. Com o aumento da temperatura do alimento para cerca de 66ºC, as enzimas são destruídas. Um alimento estéril não possui bactérias. A menos que sejam esterilizados e fechados, todos os alimentos contêm bactérias. Por exemplo, as bactérias que vivem naturalmente no leite o estragarão em duas ou três horas se ele permanecer em temperatura ambiente. Ao colocar o leite na geladeira, você não elimina as bactérias que já existem, mas as reduz de tal maneira que o leite permanecerá fresco por uma ou duas semanas.

Material

05 copinhos plásticos de café numerados

01 saco plástico ou filme plástico
02 colheres de amido de milho ou outro tipo de farinha
01 colher de óleo

01 colher de sopa
01 panela pequena
01 copo de vidro
01 colher de vinagre
150 mL de água de torneira
01 fogareiro ou tripé com lamparina ou bico de Bunsen


CUIDADO: Esta prática requer atenção total do professor e/ou monitor responsável visto eminente RISCO FÍSICO (aquecimento).

Procedimento
1)      Prepare o mingau com o amido de milho e um copo de água. Misture bem e leve ao fogo até engrossar. Coloque o mingau ainda quente até a metade dos copinhos;
2)      Enumere os copinhos de 1 a 5;


3)      Deixe o copo 1 aberto, em cima da pia do laboratório. Cubra o 2 com o filme plástico, vede-o, e deixe-o também sobre a pia. O 3 é completado com óleo e o 4, com vinagre.


4)      O 5 é colocado na geladeira, sem cobertura. Observe com a turma em qual mingau apareceram as primeiras alterações. Depois de 06 ou 07 dias peça a todos para descrever a aparência de cada copo e fazer desenhos coloridos, seguindo o que viram nos copinhos.


Discussão
a) Complete o quadro a seguir após o período de exposição:

Copo número
Experimento
Crescimento microbiano (+ ou -)
Descrição
Desenho ou foto
01
Mingau exposto ao ambiente
positivo
Micélio de fungos com aspecto filamentoso branco e algumas colônias verdes e roseas
02
Mingau coberto com plástico
positivo
Menos colônias que no copo 1
03
Mingau com óleo de cozinha
positivo
Menos colônias que no copo 1 porém com mais que o copo 2

04
Mingau com vinagre
negativo
O vinagre inibiu o crescimento microbiano

05
Mingau conservado em geladeira
negativo
A baixa temperatura ± 4 ºC inibiu o crescimento microbiano



b) O que vem a ser meio de cultura? 
Padrão de Resposta (PR) - O meio de cultura se consiste de uma base rica em nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento de organismos micro (bactérias, fungos e células eucarióticas) ou macrobióticos (plantas - micropropagação). No caso deste experimento o mingau atuou nesta função.

c) Quais as melhores formas de se conservar os alimentos observadas neste experimento?
PR - A melhor forma de se conservar os alimentos é mantendo-os resfriados, no caso em geladeira (copo 5). No caso do copo 4 recomenda-se utilizar uma colher de vinagre na desinfestação de legumes e verduras antes de consumí-los.